O deus louco... amou
Que morram mil dias e venha a noite;
Cerrando meus olhos à tempestade…
Já não há vida onde eu me acoite,
sinto à minha volta apenas maldade.
Escorra o sangue da vinha danada,
serei deus ou louco o que quiser…
Nas oferendas à minha amada;
Os deuses, só se rendem à mulher.
Quebrem os espelhos que me reflectem.
O tempo é uma pobre alquimia;
Os deuses cumprem e nunca prometem,
apenas se acabam… na poesia.
Que brilhem sóis a loucura passou…
A deusa desceu do seu pedestal,
veio a mim… E este homem amou,
a bailarina, mulher e vestal.