Celebração
Eu não sei ainda em ti
o amor exercitado,
o perfume que se esconde
no refúgio dos teus pêlos
nem o êxtase possível
onde o céu me espera em ti.
Eu apenas me enveneno
do que o verso te celebra,
do crepúsculo que deixas
na ausência do teu riso
e das crises de ternura
que me abalam quando chegas.
O que em mim te comemora
vive apenas de um beijo
na lembrança desse gozo
que a linguagem do amor
imprimiu no céu da boca.
A poesia te espera
para ser celebração.