INEXPLICÁVEL - Retrô
Nem sei como dizer o que seria, o que nem mesmo sei se é
Esse sequer além do traduzir, com cara de porém
Ninguém vai tão além, a ponto de ultrapassar o até
Nem sei se a chamo de mulher ou de um divino ser aquém!
Que aparição é essa, meio vulto e iluminação?
A ponto de pairar acima da inspiração da arte que não lhe pinta?
Nem arco-íris ou tinta tingiria cores de igual divina perfeição
Que faz o meu inebriado coração bater com a emoção de trinta!
Vou dispensar os meus neurônios, por falta de competência
Onde foi parar a sapiência, perante tal delírio?
Nem mesmo o lírio trajado de flores, retrata essa ciência
É uma experiência do que não se alcança e que me lança ao martírio!
Meus olhos vão sofrendo e meu peito segue saqueado
Sigo maltratado pelo afã que escorre sem sair de minha boca
Deslumbre em forca, asfixiando meu inteligentismo condenado
Meu raciocínio quer dizer-se apaixonado, mas sua capacidade é pouca!
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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor
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