Prisioneiro

Oh, Deus! Liberai-vos o paulistano

Do transito na avenida, que a SEM

Por hora não se desespera, espera

Com a calma aparência de outrora uma saída.

Com a felicidade estampada no rosto

Coração cheio de desgosto na fumaça esbaforido

Ouve no rádio do carro uma canção

Para aliviar o amargo estresse da vida.

E com os vidros do carro fechados, mantém-se calado

Sufocando a emoção; o Tietê já está morto,

Não há mais na Serra o Capão, a Guarapiranga secou

Resta-lhe no carro fechado apenas a solidão.

E o enredo continua, vai-se a paciência no transito

Sem solução e de olhar perdido

Ao cotidiano estende a mão como se nada

Na avenida tocasse em seu coração...

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 11/09/2009
Reeditado em 11/09/2009
Código do texto: T1803995
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