Prisioneiro
Oh, Deus! Liberai-vos o paulistano
Do transito na avenida, que a SEM
Por hora não se desespera, espera
Com a calma aparência de outrora uma saída.
Com a felicidade estampada no rosto
Coração cheio de desgosto na fumaça esbaforido
Ouve no rádio do carro uma canção
Para aliviar o amargo estresse da vida.
E com os vidros do carro fechados, mantém-se calado
Sufocando a emoção; o Tietê já está morto,
Não há mais na Serra o Capão, a Guarapiranga secou
Resta-lhe no carro fechado apenas a solidão.
E o enredo continua, vai-se a paciência no transito
Sem solução e de olhar perdido
Ao cotidiano estende a mão como se nada
Na avenida tocasse em seu coração...