E EU DIGO: AMOR!
Poema inspirado em algumas canções/letras de David Fonseca, o mais recente e melhor “cantador” de histórias da música portuguesa
E EU DIGO: AMOR!
Façamos a revolução de ternuras em nós mesmos
E depois levemos tal para a rua
E seguidamente para o céu
Onde o teu sonho de amor
Também será o meu
Deixa-me pegar-te ao colo
Quando atingires o cúmulo dos teus crepúsculos
Quando estiveres envolta na escuridão
Deixa que eu seja parte do teu caminho para a luz
Deixa que eu seja parte da tua salvação
Pois se me amas
Tens uma capacidade inata para me magoar
Assim como eu tenho a ti
Quando um de nós
O outro deixar
De rastos
Sem vontade de mais nada fazer
De rastos
Com a sensação de imensa coisa perder
Para depois nos erguermos
Quando ouvirmos o chamamento
Para depois voltarmos a acreditar
Numa vida que está lá fora
E que não nos deixa esmorecer
Pois a vida é apenas uma hora
No tempo infinito
Medido pelo firmamento
E por isso te amo
Para além dos meus dogmas
Das minhas enraizadas convicções
Eu amo-te
Sem que para tal tenha de haver razões
Eu amo-te porque o sinto
Porque as estrelas
Me dizem
Que essa é a única forma
De deixar que as ondas do teu mar
Não apaguem as minhas pegadas
Eu amo-te
No mais belo dos dias
No raiar
Da mais suprema das madrugadas!
E eu digo: Amor!