E EU DIGO: AMOR!

Poema inspirado em algumas canções/letras de David Fonseca, o mais recente e melhor “cantador” de histórias da música portuguesa

E EU DIGO: AMOR!

Façamos a revolução de ternuras em nós mesmos

E depois levemos tal para a rua

E seguidamente para o céu

Onde o teu sonho de amor

Também será o meu

Deixa-me pegar-te ao colo

Quando atingires o cúmulo dos teus crepúsculos

Quando estiveres envolta na escuridão

Deixa que eu seja parte do teu caminho para a luz

Deixa que eu seja parte da tua salvação

Pois se me amas

Tens uma capacidade inata para me magoar

Assim como eu tenho a ti

Quando um de nós

O outro deixar

De rastos

Sem vontade de mais nada fazer

De rastos

Com a sensação de imensa coisa perder

Para depois nos erguermos

Quando ouvirmos o chamamento

Para depois voltarmos a acreditar

Numa vida que está lá fora

E que não nos deixa esmorecer

Pois a vida é apenas uma hora

No tempo infinito

Medido pelo firmamento

E por isso te amo

Para além dos meus dogmas

Das minhas enraizadas convicções

Eu amo-te

Sem que para tal tenha de haver razões

Eu amo-te porque o sinto

Porque as estrelas

Me dizem

Que essa é a única forma

De deixar que as ondas do teu mar

Não apaguem as minhas pegadas

Eu amo-te

No mais belo dos dias

No raiar

Da mais suprema das madrugadas!

E eu digo: Amor!

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 11/09/2009
Código do texto: T1803920
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