A Luz é Cega
Não há como andar na luz
Sem sombras, só em claridades
Porque ela é duas metades
E o que demais nos seduz
É a ilusão que induz
Nossas matérias-penadas
A caminharem nas estradas
Com pés de absolutezas
E as visões miragenadas
Pelo calor das certezas
Não se caminha no mar
A não ser pisando o fundo.
Só voa no ar do mundo
Quem pode também andar
E com as asas do sonhar
Flutuar sobre os desencantos
Vendo em demônios e santos
Que um faz o outro assim.
Para a luz o mesmo tanto *(que a luz tem o mesmo tanto)
Valem o Ébano e o Marfim! (do Ébano e do Marfim )
* Era assim que eu senti ontem e só consegui expressar hoje, um dia depois de escrever. Me desculpem os que já leram e me perdoem os que lerão, mas como a Poesia é vida dinâmica e a minha barquinho de papel, assumo a responsabilidade pela perda momentânea do Leme, que é ele que me dirige, e prometo seguir perdido. Muchas Gracias, Amigos!"