A Luz é Cega

Não há como andar na luz

Sem sombras, só em claridades

Porque ela é duas metades

E o que demais nos seduz

É a ilusão que induz

Nossas matérias-penadas

A caminharem nas estradas

Com pés de absolutezas

E as visões miragenadas

Pelo calor das certezas

Não se caminha no mar

A não ser pisando o fundo.

Só voa no ar do mundo

Quem pode também andar

E com as asas do sonhar

Flutuar sobre os desencantos

Vendo em demônios e santos

Que um faz o outro assim.

Para a luz o mesmo tanto *(que a luz tem o mesmo tanto)

Valem o Ébano e o Marfim! (do Ébano e do Marfim )

* Era assim que eu senti ontem e só consegui expressar hoje, um dia depois de escrever. Me desculpem os que já leram e me perdoem os que lerão, mas como a Poesia é vida dinâmica e a minha barquinho de papel, assumo a responsabilidade pela perda momentânea do Leme, que é ele que me dirige, e prometo seguir perdido. Muchas Gracias, Amigos!"

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 11/09/2009
Reeditado em 12/09/2009
Código do texto: T1803715
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.