Meu Amor...

Difícil mesmo é versar o amor
Tirar versos do peito, frases d’alma
Em linhas ignotas, rasgadas de dor,
Encerrando em um pranto que não calma
 
Mostrar-se ao avesso
Revelando a essência
Escrever é sempre recomeço,
Mesmo que o resultado seja ausência
 
E de tanto se mostrar
Revela o poeta seu eu mais profundo
Em suas fraquezas, facilmente expressar
Assume seu pranto, revela ao mundo...
 
Mudam sempre as estações,
E com elas surgem novas paixões
Perder-se em novos lábios, novos corações
Sina bandida! outras conexões...
 
Ah... sempre desafiar o destino!
Como é bom não se deixar levar
Seguindo sem rumo, em desatino
Feito chuva torrente ao mar desaguar...
 
Vivo. Em cada ponto encerro uma história
Não olho para trás sigo em frente...
De poema em poema, esvazio a memória
E assim como poeta sou meu próprio aferente.
 
Se não conheço, vou descobrindo
Virgula, sigo firme, tenho calma,
Aprendo aos poucos, vou sentindo,
Que amar de verdade parte da alma.
 
Amor de verdade, há quem certifique?
Sem resposta fico, eterna contenda...
Mesmo que não exista quem o explique
Não há ninguém que não o entenda.

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Edison Barlem
Enviado por Edison Barlem em 10/09/2009
Reeditado em 10/09/2009
Código do texto: T1803394
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