Culto dos Corpos
Sob o ladrilho alvo negro,
teu dançar fala por si,
velas são alçadas
recebendo o vento
esvoaçando tuas rubras vestes
mariolando teu cabelo,
meu encanto se fazendo
prece e oração!
A penumbra,
o cheiro de alecrim,
o tom da canção te deixa bucólica,
atraindo-me em riscos, em rabiscos,
num frenesi eclético,
que desperta palavras,
une lábios, te faz meu estro,
meu confesso destino!
Dentre as chamas
o culto dos corpos
aconchegados em estrofes gemidas,
oriundas da pele, da úmida da voz
mesclando desejos, criando mistérios,
buscando n'aura, mais um sussurro
querendo a paixão, o amor,
a beleza do condão!
Auber Fioravante Júnior
10/09/2009
Porto Alegre - RS