Alvaro Sertano"A DOR"!

A DOR!

Perene é a dor

que constante se fez,

impávida em amor

de terna sentatez

e justa razão.

Travessa lucidez

do canto ao ocaso,

prenúncio do alvorecer

reluzindo o encanto

afora os dissabores

da efêmera desdita,

de praxes e louvores

da crença bendita,

refeita em sufrágio

d'alma nativa

e ameno presságio.

Do compasso a ciranda

como alvor de candura

à mera utopia

em noite cigana.

Sob constelação

obsceno aos clamores

da estação saudade

furtivo aos devaneios.

Quiçá! O quebranto

remoto aos anseios,

amiúde contido

ofusque a solidão.

Alvaro Sertano,

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Alvaro Sertano
Enviado por Alvaro Sertano em 10/09/2009
Código do texto: T1802548
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