NUNCA MAIS...

Ansioso para chegar

Dias sofrendo ao mar

Frio, fome, corpo castigado

Menino amedrontado

As vezes ouvia gritos

De mulheres a fugir

Manchas de sangue, corpos aflitos

Que a sorte não pode cobrir

Doenças, alguns levaram

E minha mãe me deixou

Louco, meu pai, abandonaram

Os meus amigos o mar tragou

Poucos chegaram à terra estranha

E o que será agora de mim?

Sinto ainda ferida que arranha

Que pena, a vida é assim

O Guardião
Enviado por O Guardião em 22/06/2006
Reeditado em 04/09/2006
Código do texto: T180229