NUNCA MAIS...
Ansioso para chegar
Dias sofrendo ao mar
Frio, fome, corpo castigado
Menino amedrontado
As vezes ouvia gritos
De mulheres a fugir
Manchas de sangue, corpos aflitos
Que a sorte não pode cobrir
Doenças, alguns levaram
E minha mãe me deixou
Louco, meu pai, abandonaram
Os meus amigos o mar tragou
Poucos chegaram à terra estranha
E o que será agora de mim?
Sinto ainda ferida que arranha
Que pena, a vida é assim