Ritual das Letras
Simplesmente,
um pedaço de papel,
pena, tinteiro, sentimento
fluindo de dentro para fora
argumentando da bebida,
a sede de escrever, da escrita
a crença de amar!
A musa
de ombro despido,
desafia o espaço,
conjugando sentido e direção,
entregando-me nas mãos
o verso tecido no coração!
Divino como pôr-do-sol,
é teu cantar brilhando
sob o tempo, sobre o verbo
de nuances brancas,
para uma letra
pautada pelo vendo!
O teu dançar,
ritual idílico ascendendo templos,
figurando a sensualidade vil,
quero-te em novelos,
te quero em apelos,
luz do meu poetar!
Auber Fioravante Júnior
08/09/2009
Porto Alegre – RS