QUANDO A FELICIDADE
Quando a felicidade me encontrou
Estava extasiada de desejos maus
Em momentos de puro torpor
Vagava escondida nas sombras.
Furtiva nas noites sem brilho
Queixava com as pedras
Teimosas á minha frente
Sempre dispostas a consumir.
Ruas cravejadas de paralelepípedos
Faziam tropeçar seguidas vezes
Sentindo o desleixo aparente
Forjados na minha face pálida.
Jamais desanimei de tentar
Sabia na verdade quanto custaria
Foi quando nos achamos
Entre vários textos fora do comum.
Passamos ver juntos modelos
Outros novos contextos
Seguindo uma trilha nossa
Onde tudo tem mais valor real.
Julio Alves Filho
22/06/06