Eterna garota loira
Eterna garota loira
Eterna garota loira
Que foi impedida de amar
Que teve e não teve o livre-arbítrio de me escolher para ser seu
Que foi e não foi coagida a me amar
Mas que ao final ficou tudo bem
Ela lá e eu ainda aqui
Ela em braços seguros
E eu pronto a levar pedradas de prostitutas na rua
Era o meu sol decadente
Era a minha paixão de menino
Era o meu alvo errado e eu sequer sabia
Era a minha pequenez em sonhar que eu podia ser feliz
Era a minha ousadia e alegria em pensar que tudo era real
Minha cabeça fervia como gelo que queima
Por ter ou não ter o amor dela
Por ser ou não ser capaz DELA
Esse era o Rônaldy
Que amava Claudia
Que amava a si mesmo
Que amava e que por longuíssimos 3 meses e alguns dias se deu a alguém assim
Vinda das estrelas
Feita de algodão doce e uva passa
Da cor do sol
Do movimento igual ao meu coração
A qual me dediquei
A qual me tornei criança
A qual fui alvo de sua intuição estranha
A qual talvez ainda eu seja alvo de seu convite de casamento
A qual eu ainda amo
A qual eu ainda depositaria minha vida, talvez, novamente
Eterna garota loira
Que me amou tão estranhamente
Eterna garota loira
Que me fez sentir único como ninguém me fez
Eterna garota loira
Que me fez chegar em casa e não ter coragem de olhar para meu pai
Talvez por vergonha de estar me sentindo um tão lindo homem
Talvez por tristeza ao ter fracassado mais uma vez
Eterna garota loira
Que sumiu assim tão de repetente
Que não queria me ver nem pintado de roxo
Ou banhado com água francesa
Eterna garota loira
Que hoje fala comigo assim tão especial e madura
Que hoje me tem apenas como memória viva ou morta
Talvez mais viva do que eu possa imaginar
Talvez mais pura do que eu conseguiria ser
Quando te vejo outra vez, amor meu?
Quando te encontro pela terceira vez agora?
Não há mais musica pra te embalar
Não há mais conforto em meu coração
Não há mais adversários
A luta acabou
Você já não é mais minha
Mostrando a mim
Que quando você estava em minha vida
Era apenas de passagem...
-e para assistir você amar um homem pela primeira vez-
-outro homem, não eu, obviamente-