Moldura


Na moldura do meu sono
Só encontro o teu retrato
Silenciosa vagueia canto
À ventura perfuma encanto

Vislumbro um vale de amor
Respiro a brisa, emano calor
E a lua de seda branquinha
Clareia a noite e é só minha

Envolta a seda perfumada
Nesses sonhos de alvorada
Meu coração eterno palpita
E minha alma flutua bendita

Mas nos olhos vejo pedaços...
Minhas dores, meus espaços
Em quimeras rubras de alegria 
Na doce alusão a essa ironia


07/07/09
São Paulo - SP