Mosaico

Teus olhos bailando a tarde,

Mil cores luzindo ao acaso

Colorem em vermelho o ocaso

Vermelho, vermelho que arde.

Teu curpo fazendo alarde

Alinha o truncado e o inteiro

Tua boca, teu lábio estangeiro

Confinam o infinito a uma parte

Em volta, derretem-se faces,

Mais cores, milhões de aquarelas,

Teu nome pintado nas telas,

Teu rosto, miragem, miragem.

Meus olhos, gentis, descuidados,

Sem graças, sem dó, nem alento

Encontram, perdidos no vento

Teus olhos, azuis-constelados

Joao L Terrezo
Enviado por Joao L Terrezo em 08/09/2009
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