O2 de Setembro
Eu na brisa trajando teus lábios.
Lambidelas dentre o consumo de olhares viciosos
Num bramido ameno cálices de animais autênticos
Em convulsão ardendo para se definir.
Em alguns segundos mamíferos ousados
Articulados por uma ânsia de estridente euforia
Papilas gustativas mutuando a biografia dum laço cardíaco
– O ser hóspede da epifania!
Recife. Estuário. Marco-zero. Alegoria.
Cai à tarde no desfecho do dia
E as almas vagam silenciosamente na canção do vento
Exaltando o perfume na calmaria.
* Para Aldenice