Foi o que escolhemos

Dei-me ao silêncio dos teus queixumes

e não me cobras nada,

mas já sinto tudo,

e já me dizes pouco,

vivemos entre aspas.

Fugido, pouco de mim inda fica,

catando as esperanças perdidas

e o fim das tempestades dos amores findados.

Tudo de nós a lucidez do vento levou

e sequer um abraço nos deixou,

por isso nada há mais ficado.

Moro morto no silêncio que sabia falar

e para não te responder, preferiu morrer

e pensar viver entre dores e saudades.