Desejo e dor
Desde que eu te vi
que eu não me vejo.
Sopram-me ventos de desejos
e são eles tantos,
nem tão mansos,
e vêm dizer de ti
e de algum amor surgido antes.
Entre nós dois há mais gente
e o que o meu coração vê o teu não sente
e o que minhas mãos apalpam,
nas tuas inexiste.
Desde que eu te vi que tudo vejo,
fora ou dentro desses desejos,
como um forte rebento surgido,
uma dor nascida,
um desejo vencido,
um amor defendido e feito.