pequena européia

pequena européia

Debaixo de tua sombrinha digna de donzelas

De telas de Monet

Eu não consegui ver tudo o que você tinha pra me dizer

Eu não enxergava o caminho perigoso em que eu estava

Eu não me via correndo de você

1 mês depois tudo se acabou

mas você ainda vive em mim

eu era o teu fracasso e a representação dos teus medos

que só apareceu na tua vida pra mostrar a você

o quanto você devia se corrigir

sim, eu fui um erro em tua existência

sim, eu fui o teu mata-borrão do passado

me esquecer é bem difícil pra você

você me ama até hoje

espero que não revele isso pra ninguém

porque de nós dois apenas nós dois sabemos

porque de minha vida só você sabe

você devastou meus segredos como um soldado que invade delicadamente

você arrombou a porta dos meus olhos já pesados

e me fez me revelar a você

por mais um mês fui a tua alegria desperta

creio que até então você não tinha dito “eu te amo” a alguém

fui muita coisa do que você sempre desejou ser e ter

estive com você

como mero guardião teu

vai saber se você não estava jurada de morte pelos teus órgãos vitais?

Quem sabe se eu também não iria desfalecer em breve?

Então eu apareço na tua vida

Então você me acha

E sobrevivemos por mais um mês

Até o dia em que você me conta

Que perdeu tua virgindade com quem talvez te ame apenas por instinto cavalar

Já não existem passeios clandestinos na Igreja aos domingos

Não há mais visitas na casa de teu pai

Não há mais juras de amor ou ligações no meio da madrugada

Ou ao meio dia enquanto você trabalhava pra gente

Não há mais promessas

Apenas silencio

E a eterna alegria de ter chegado em você

Queria saber por completo quem você é

Quem você foi verdadeiramente para mim

Quem eu fui e se agí como homem para você

Não há mais cartas

Não há mais o que imprimir

Vai você se importar se o teu ex-amor aqui sair com outra?

Vai você querer saber se o teu “ex-amor aqui que você talvez nunca amou”

Saiu com mais alguém diferente essa semana?

Mesmo assim

Eu filtro apenas o que você me disse

Em tuas ultimas palavras:

“a gente não pode mais se ver. É um risco que corremos. De sua ETERNA CLAU”

-posso chorar sem ser convidado a entrar na tua vida mais uma vez?-

Rônaldy Lemos
Enviado por Rônaldy Lemos em 21/06/2006
Código do texto: T179692