Poema 0721 - O acaso

Meu acaso tem um nome e vida,

um encontro depois da tarde,

sorrisos antes e depois

dos pares de beijos sem o tempo ínfimo.

Troquei a tarde pela manhã,

há mesma hora a cada minuto,

o relógio sem ponteiros juntos e separados,

como eu e você ontem...

Volto as costas à saudade,

destemido me lanço no espaço,

não direi nenhum nome,

mostrarei o coração quando chegar ao solo.

Não amorteçam minha queda,

talvez não chegue ao chão,

creio na sorte que carrego,

como seu perfume que faz flutuar o amor.

Fechem as esquinas que viram o tempo,

soltem as mãos dos amantes presos,

deixem que o perfume deslize pelos ares,

é a paixão que o acaso nos faz ir além d'alma.

21/06/2006

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 21/06/2006
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