Súplicas Tortuosas
Tranco as portas para falar de você, à espera de em uma insanidade ébria eu consiga não me ouvir dizer que EU TE AMO, e deixo meu coração flutuando em cristal, solto em um globo da morte, suplicando para que numa queda invisível ele despenque e não mais roube a minha vida. É que dessa vida já me bastam às dores e os enganos maltrapilhos que adentraram minhas antigas quimeras, e foram vãos os deslumbramentos... Berçando os mais claros sonhos de poetas. Cada amor foi como despertar de fúria árdua e inexorável que ecoava o borbulhar de mil reações de doação e súplicas tortuosas de paixão. E parecia tanto... E era sempre tão dolorida e desrespeitosa a força gritante do querer, que já não sei por que no fim tudo se vai, como um frio que arrebata e passa, deixando só o lembrar de mais um dia gelado. Sim! Eu fujo e sigo por essa alucinação tateando as paredes do meu desejo e apagando as velas brilhantes da minha alma, pois de ressuscitar eu me suicidei em um abismo de confrontos errantes e certeiros, onde meu poder e limites não se conhecem e brincam com minha passagem como seu eu me tornasse a personagem de um belíssimo filme, com final tardio e inacabado... Necessitando de suas falas para descobrir se meu enredo será de amor.