Soneto - Ode e elegia para um mesmo tema!
 
 
 
O vazio que em mim, faz rio; aqui é: Rima e pretexto!
Abre este texto. E é largo o horizonte e grande o silêncio que evoca,
Dista do rio, que por si é caudaloso; e se senecto: É calmo e afeito,
A sondar margens que construiu com o ritmo que agora avoca;
 
Este rio - vazio, que em minha’lma faz percurso sem margens e evocações
É soneto de poetas falecidos que das tumbas elevam ritmos de outrora
Tocando com mãos mesuradas o espectro deste morto de acaso e coerções,
Vaso emborcado, de flores secas, incensadas para minora.
 
Assim o poeta esquálido, doa de seu corpo e bebe águas já bebidas
Alimenta-se de acre alimento, doado das dores e sofrimentos alheios,
Ou alarga o horizonte dos que sonham e vivem felicidades entretidas
 
Por versos e canções de trovadores; que nos amores embebem suas feridas
E cantam odes à alegria, e elegias aos sonhos!... Mortos por ferimentos,
Obtidos na dura carne por onde os sangues correm, em rios de sentimentos!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 05/09/2009
Reeditado em 05/09/2009
Código do texto: T1793766
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.