Fera reamada

Olho-te para meus segredos ver

e tudo no mundo perceber

no pequenino pouco que fomos.

Olho-me pesaroso e tão vazio

apagando o que não mais crio,

tampouco amo.

Vejo além dos velhos infinitos de algum amor

que envelhecido surdo passou...

para nunca mais ouvir voltar.

É nova a selva onde eu amo

e inda espantado eu sonho,

crendo que um novo amor

fez-me melhor e nova fera.