Regresso

É assim que te invento

Metade luz, metade terra

E a inconstância do espírito

Como colar de sombras

No teu colo dourado

Adivinho-te

Passo leve,

Aroma frágil

Corpo firme

Depois é que te vejo

A crescer com o desejo

De ser presença

No ermo da minha tarde

Sem opção

entre a humanidade que conheço

volto para ti e amanheço

nos teus braços

Maduro

E como boémio vadio por ti

Meu campo aberto

Minha noite de bruma

Não sei se é meu ou se li

Mas no mar em que me acerto

Sem ti sou apenas espuma.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 03/09/2009
Código do texto: T1790193
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