Amor venhas do Olimpo
Estende os braços, oh amor, para que eu caia
abra-te para mim, deixa-me embalar em teu desejo
mergulhar-me em ti, de todo o corpo,
matar em ti, de uma só vez, todos os anseios.
traga para o meu seio o amor, o pulsar firme
as trêmulas maos, as sombras vagas
traga-me os lençois, e os ninhos,
a horas mortas de dois amantes, e mais nada.
Amor, deixa-me ser um passarinho
que canta para ti, toda a primavera
oh amor, que duras penas me segue, ó tortura
de ser, solitária amante, que me condenas.
Traga me o amor grego em forma de um deus do olimpo
faz-me Era, Afrodite, ou quem mais for,
traga-me da antiga Grécia em que me inspiro
um deus homem com faces de menino
com braço forte, peito aberto, e muito amor.