Profetisa
Dessa vez não é noite e nem madrugada
É um dia de sol, vívido e amarelo
Senti falta de tu, minha amada
Razão tão clara pra que eu seja eterno
Tu sabes que me tens, e quem em mim és
És a alma e o calor, o evangelho do amor
Quero amar-te sempre que tu vens
Como anunciadora de que não terminou
O brilho do teu olhar, a luz verde dos teus olhos
Como as folhas serpenteando no ar
Desprendendo-se das paineiras à passear
No cerúleo azul qual coloriu os nossos sonhos
Bendita sejas tu, do amor a profetisa!
Força pacífica que o sangue me circula
Bendita sejas tu, minha estrela guia!
Que de tanto amor meu ser cumula
Como uma criança que brinca inocente
Sorrindo feliz, leve, despreocupada
Tu vens passear nas curvas da minha mente
Na densa leveza de quem se encontra apaixonada
Tu és meu porto seguro
Paixão que arde em meio ao gelo do desamor
Tu, que me derrubas os muros
E proteges-me da dor
Nas cercanias do que chamo paraíso...