Eram duas lágrimas percorrendo uma vida...
Eram duas lágrimas rolando pelo rosto...
Eram duas pérolas escorrendo para o chão...
Eram duas mãos juntas, sempre em oração...
Eram dois olhos chorando, ao sol posto...
Era uma mulher, mas era quase uma menina...
Era um grande sonho, o maior sonho da vida...
Era uma canção de Amor e Despedida...
Era uma procura... E uma Esperança pequenina...
Era um desaponto, de uma ternura infinda...
Era uma tristeza, como jamais foi vinda,
Era a certeza que o encontro se daria...
E não importava se um ano ou a eternidade,
Ela persistia... Esta era a sua verdade...
E ela a vida toda jurou que o esperaria...
Passaram muitas luas e seu amor não vinha...
Passaram muitos dias e sucederam-se marés,
Passaram estações... E sangravam mãos e pés...
Nesta busca louca... O Amor não advinha...
Ela o procurava... E passaram-se os anos,
Se ela ia “por ali”, ele havia passado “aqui”...
Disseram-lhe que “era feliz”!... E então aí
Perdeu-se em sua vida, sofrendo desenganos...
Pouco importava o que lhe viesse pela frente...
Ela de si mesma, fez-se toda ausente,
E jamais com outro ela foi feliz...
Então num dia desses, desses tão comuns,
Eles se encontraram... (Como não queriam alguns!)
E foi só um instante... Pois ele não a quis...
Eram duas lágrimas rolando pelo rosto...
Eram duas pérolas escorrendo para o chão...
Eram duas mãos juntas, postas em oração...
Eram dois olhos chorando sempre ao sol posto...
Era uma mulher, não mais uma menina!...
Era um grande sonho, o maior sonho da vida...
Era uma canção... Agora só de Despedida...
Era uma procura que a matou em pequenina...
Era um desaponto, de uma ternura infinda...
Era uma tristeza, como jamais foi vinda,
Era a certeza agora que o encontro não viria...
E não importava... A Vida ela perdera...
Este era o seu amor, mesmo que não queira!...
E para a vida toda... E disto ela sabia...
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- E quando as pessoas amam o impossível
Só lhe restam lágrimas... E nada a reclamar ...
- Neste mundo tolo, "onde tudo é possível",
Só não é possível o Verdadeiro Amar...