(sem nome)

cada vez que eu penso no céu
é como seu uma chama ardente crescesse dentro de mim
é como se a vitória de cada dia se desvanecesse incrédula perante meus pecados e meus erros ocultos mais desejosos de se esconder
é como se minha alma desejasse um novo amigo para ela
uma menção honrosa em prol dos mais necessitados ou que precisam de minha ajuda
tudo o que vejo são apenas sombras na escuridão
ainda que vejo pouco do que me resta viver

não preciso de ninguém para estar ao meu lado
quando me encontrar submerso no fogo que me contém...

corro pelos ventos e uivo com os lobos
corro pela estrada e vejo minha vida passar
nado pelo mar e toda uma historia começa
mais uma vez em que eu penso em você
é só olhar e começar a contar
tudo de bom que eu vivi
tudo de mal que eu esqueci de fazer

por tantas vezes que me omiti
não releve meus erros mais impuros
condene-me com sua espada flamejante
me ponha de pe no altar dos justos
coloque minha cabeça para a ceia
e não me chame para ouvir suas lamurias

percalços atingem meu caminho
mas nem por isso deixo de existir espontaneamente
assim como o vento que arranca tudo de seu lugar
meu ventre não seria igual ao seu
se fizesses todas as coisas tão inúteis e vulgares
eu sou o mar que vos chama
eu sou o caminho dos excluídos
eu sou a hora da morte que vem sem avisar
eu sou tudo de bom pra você
eu sou seus maiores fracassos

o cheio de sangue que me lava a alma
não é capaz de me fazer sentir cada coisa suja e imunda que vivi
por aqui agora
e para todo o sempre...

Rônaldy Lemos
Enviado por Rônaldy Lemos em 20/06/2006
Reeditado em 28/06/2006
Código do texto: T178734