* * * * * DELÍRIOS * * * * *

Uma grande névoa

Cobria o céu

A chuva era abundante

Mas como por artes mágicas

Uma estrela brilhava

Perguntei quem era

Respondeu-me simplesmente

Sou a estrela do amor

A estrela do amor

Sim sim

A estrela do amor

Meu corpo estremeceu

Ao mesmo tempo

Que um calor intenso

Percorria-me o corpo

Em vertiginosa corrida

Por entre todos

Os vasos sanguíneos

Em todas as direcções

Como que em delírio

Via a estrela crescendo

Crescendo e crescendo

Numa alegria nostálgica

Desconcertante

E melodiosa

E porque eu a entendia

E ela disso se apercebia

Disse-me

Que estivesse tranquilo

Ingenuamente perguntei

Se conhecia algures

A musa dos meus sonhos

Disse-me que sim

Que ela estava

Muito perto de mim

Mas quem minha estrela

Vai descansar

Fecha os olhos

Dorme sonha

Aí a encontrarás

Inquieto e perturbado

Assim procedi

E já em estado

De inconsciência

Parecia consciente

E à consciência perguntei

Diz-me companheira

Onde está o meu amor

Estarás preparado

Sim sim

Estou preparado

Jamais a desiludirei

Estarei sempre

Acima de suas expectativas

O melhor amante

O mais sincero amigo

A sua grande estrela

Um mago inspirador

A sua ternura

O seu príncipe

A sua grande

Eterna

E sempre rejuvenescida

Paixão

Então diz-lhe tudo isso

Onde quer que te encontres

Onde quer que ela esteja

Mas a quem

Não errarás

E mais não ouvi

Mas com a certeza fiquei

Um dia

Encontrala-ei

E mais um sonho

Realizarei

Policarpo Nóbrega
Enviado por Policarpo Nóbrega em 31/08/2009
Código do texto: T1785598
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