A vida e o amor
Um dia pensaram: vida;
E de novo pensaram: vida com amor;
E com amor esta “surgiu”;
E era amor mesmo, pude sentir!
Senti um calor, algo me tocou;
Não sabia o que era, mas que bom!
Ah! Que prazer, sinto-me amado;
Ah! Sinto um coração batendo! E não é o meu.
Explicar!? Não sei como;
Mas sinto-me protegido. Que bom;
Preciso, sinto vontade de carinho;
E aqui parece estar a fonte.
Algum tempo passou, mas continua o mesmo amor;
Ainda sinto como aquele dia, aqueles dias;
Ainda sinto o calor, forte...;
Que me aquece mesmo longe.
Mas que bom, estou perto;
E longe, está ainda longe;
É o amor que está perto? O mesmo;
Como? Não sei, mas não acaba.
Uma noite ouvi isto e guardei em meu coração;
Foi muito carinhoso, e dormi;
Como se estivesse flutuando acordei;
E com um grande abraço retribuí.
O porque não expliquei, também não sei porque o fiz;
Algo me guiou, dizia o meu coração;
E curioso perguntei que seria;
E me disse que era o amor.
E ao amor fui perguntar o porque?
E sem hesitar respondeu-me que do outro lado ele também estava;
E depois entendi: foi dizer para o “seu irmão” que estava ali;
Mas também não somos irmãos?
Isso dizem por ai, mas só dizem;
Outros não dizem, tampouco vivem;
E porque o amor não “se encontra?”
Já não tem onde habitar.
E fico a pensar: eu o tenho aqui;
E fico a pensar: ele me tem;
Agora sei, devo ficar com ele “para mim”;
Agora sei, devo também compartilhar com os outros.
E claro que vou, ele se multiplica;
Então vamos, vamos sair e amar;
Com quem falo agora?
Com o amor, ele me ouve!
Não, nunca fui solitário;
Um dia o descobri;
Um dia ele me descobriu;
E nós um dia nos encontramos, nos amamos.
Daí para frente “tudo foi amor”;
Tudo mesmo, ele me ajudou;
Um dia tive dificuldades, ele estava aqui;
E sempre que o tenho, tenho força.
E olha, sou ainda uma criança;
Mas ele está aqui e estou com ele;
Meu coração quer sair, porque será?
Será que ele quer saltitar?
Algo me deixa sensível, o que será?
Sinto um desejo forte e, como não sentir?
Parece só ter aqui amor, amor...
Nossa! Ele não quer parar, não pare!
Nossa! Ele está chorando muito;
Ele não quer para, não pare!
Está inundando o meu peito, que bom!
E o meu peito não dói, está estranho...
Oh! Meu Deus quero amor, amar;
Oh! Será que já esqueci o que é?
Não ele está aqui, querendo sair;
Ainda bem que não esqueci.
Quero ainda mais amaro amor;
Quero ainda mais poder querer amar;
Alguém pede para que eu ame;
E quero amar, quero amar, amar.
Não quero sofrer, fazer sofrer;
Como não sofrer? Amor...
Suspiro... ah! Ele está aqui;
Ainda não vou sentir saudades.
Um êxtase brota, ah...!!!
É o êxtase de amor maior;
É o amor se espalhando por aí;
Contagiando.
Não...!!! Não é utopia;
É uma realidade que existe;
Está aqui em mim;
“Não o matem, ele não morre!”
Que bom ele não ressuscita;
Porque isso ele não morre (mas já morreu);
Ressuscitar é bom (ele ressuscitou);
Mas ele não morre.
Bom, mas eu estava lá em alguém;
Alguém que sentia amor;
Alguém que tinha amor;
Onde o amor tinha um lar.
Não, não sentia, sente;
Não, ele não tinha, tem;
Sim o amor tem um lar;
Ainda está aqui esse lar.
Que dor tão profunda;
Mas não estou falando de amor?
Agora lembrei, claro que sim;
E essa dor? Não pode amar.
Como me dói agora por dentro!
Mas repito, não é o amor?
Sim, mas agora sofro;
O que fazer, então?
Quero clamor em alta voz;
Quero clamar-te Tu que já me ouves;
Será então que preciso mesmo clamar?
Mesmo assim quero, me faz bem.
Ó amor infinito, escuta-me;
Ó amor sublime, penetrai-me;
Ó amor valioso, ajudai-me;
Ó amor sem nome, me chamas.
Me chamas, convida-me, fortalece-me;
O que queres de mim? Diga;
Será que não me ouves? Amor...
Ou o amor estará longe?
Suspiro, bate forte meu coração;
Um nó na garganta me prende a respiração;
A cabeça gira e fico sem pensar;
E desiludido estou, o amor me deixou.
Como é difícil amar;
Mas Deus! Acabei de dizer, nunca deixá-lo;
O que digo agora!
Será que realmente quero dizer isso?
Não, e arrependo-me agora;
Claro que é difícil amar;
Mas quero mesmo assim continuar;
Quero ainda assim amar.
E se torna fácil amar;
Quando o querer me impulsiona;
E se torna fácil tentar;
Quando o amor é que impulsiona.
E volto outra vez: criança;
Ah! Como era bom;
Ainda é bom;
Pareço não querer abandoná-la.
Que bom, ela gostou de mim;
Não sei se vivo sem ela;
Agora falo a verdade;
Declaro!!!
Desculpe foi a emoção;
Senti agora saudades da pureza;
Senti que era muito bom sonhar;
Senti que é duro não amar.
Como pode esse tempo “cruel” passar?
O que ele fez de mim?
O que deixei fazer?
Como pode me tirar o amor...
Meu Deus, porque já sou grande?
Porque não posso ser uma criança?
Quando criança sabia amar;
Hoje, meus passos vão para...
Espero hoje encontrar esse amor perdido;
Espero que ele queira voltar para mim;
Espero que ele me abrace;
Espero poder abraçá-lo.
Onde buscá-lo?
Como procurá-lo?
Será que vou achá-lo?
Ou para sempre ficaremos separados?
Já o achei;
Rápido!
O que fiz?
Ainda não o fiz.
Fico de longe observando-o;
A sua presença me faz feliz;
Como farei para chegar até ele?
???!!!
Mas não sei, faço depressa?
Será que agora é o momento?
Ou devo deixá-lo de lado?
Ou “amá-lo”?
Mas como não amá-lo se está em mim;
Não preciso querer, basta deixar;
Ele sabe o que fazer;
Ele só precisa de um lugar.
Te ofereço então minha casa;
Que possas se sentir bem;
Isso sei, vais sentir;
Sei que também irei.
Te ofereço a minha alma, o meu ser;
Quero ser todo teu;
Sei que quero ser todo meu;
Essa é a entrega que vamos fazer.
Sei que vamos nos abandonar;
Um para o outro, sem reservas;
A minha história sei que vai mudar;
Uma nova história de amor vai nascer.