Alquimia*
Ardente... guardo em mim a sina dessa alquimia
moldo em favos de mel tua face... minha alegria.
Na dicotomia de versos insanos
recrio em mim melodias sem enganos.
Aprisionada de ti... sinto-me livre no recôndito de mim
comungo as essências dessa palavra sem fim.
No rememorar do teu olhar fremente
essa alquimia escorre, inunda, comove, preenche.
Estática... na inércia desse amoroso instante que vivemos
recito em soprano os versos senhores desse tempo.
No âmago das linhas prateadas traçadas em estrela ascendente
arrebato-te abusada no espaço desse afeto que transcende.
Entregue... devoro nuances e fragrâncias da pele a pele
escuto enlevada as guitarras quentes que dedilham a sudorese.
Mergulho então em quimera incandescente... aventurada e sonhada
percebo-te -todas tuas presenças- em mim... nessa alquimia dourada.