Em Minha Vida
Ao abrir a porta da frente
Depois de incontáveis batidas
Entraste em minha vida
Logo que te vi.
E sem querer partir
Fizeste ninho em meu leito,
No cobertor enrolada
Como pomba dormente.
Mas de perto, emaranhada
Em meu peito descontente
Devoraste meu desejo
Digeriste meu ardor.
Tu te transformaste em fera ardente
Expostas presas, afiadas garras
Penetrando em mim
Satisfazendo a ti.
Eu, imóvel, apenas senti
O peso leve do teu corpo
Forçar o meu, sustentando-te
Com a dolência da passividade.
Apesar da minha força inútil
Dominaste meu instinto
Ignoraste minha vontade
Saciando tua fome.
Fui teu alimento,
Tua essência,
Fui teu objeto,
Tua brincadeira.
Ainda assim,
Em teus braços delicados
Adormeci enamorado
E sonhei sorrindo.
Já claro o dia
Procurei-te assustado
Quando encontrei-te
À porta indiferente...
Apenas pousei meus olhos
Nos teus passos decididos
Atravessando o umbral
E saindo de minha vida...
Ao abrir a porta da frente
Depois de incontáveis batidas
Entraste em minha vida
Logo que te vi.
E sem querer partir
Fizeste ninho em meu leito,
No cobertor enrolada
Como pomba dormente.
Mas de perto, emaranhada
Em meu peito descontente
Devoraste meu desejo
Digeriste meu ardor.
Tu te transformaste em fera ardente
Expostas presas, afiadas garras
Penetrando em mim
Satisfazendo a ti.
Eu, imóvel, apenas senti
O peso leve do teu corpo
Forçar o meu, sustentando-te
Com a dolência da passividade.
Apesar da minha força inútil
Dominaste meu instinto
Ignoraste minha vontade
Saciando tua fome.
Fui teu alimento,
Tua essência,
Fui teu objeto,
Tua brincadeira.
Ainda assim,
Em teus braços delicados
Adormeci enamorado
E sonhei sorrindo.
Já claro o dia
Procurei-te assustado
Quando encontrei-te
À porta indiferente...
Apenas pousei meus olhos
Nos teus passos decididos
Atravessando o umbral
E saindo de minha vida...