SAUDADE?
Saudade?
Dizer que tenho saudade, é pouco,
Digo que estou a ficar louco,
Com a ausencia da minha musa.
Minha mão não quer escrever,
Falta-lhe a deusa para a mover,
Se não a move... ela recusa!
Sinto que o que sinto é indiscritivel,
Sinto que amo o que é impossivel,
E que meu coração está posto à prova.
Não sei qual o desfecho previsivel,
Mas já adivinho que é possivel,
Ser, por este amor, levado à cova!
Com a ausencia do ser amado,
Sinto-me como um condenado,
Aos duros grilhões da prisão.
Minha mente em nada mais pensa,
Senão naquela de quem é pertença;
Que faço, deste triste coração?
Carlos Sousa