Amor cotidiano

Através das palavras tenta-se entender

O amor, saber sua matiz, seu fascínio,

Sua verdadeira face, sua constrição

O porquê de seu verdadeiro entusiasmo.

Com o gesto do olhar acaricia-se a vida,

Com as mãos estendida aplaude-se

Mistério da emoção; canta a canção

Inexistente no âmago do destino.

Faz-se de criança, nutre-se de esperança

Para feliz sobreviver, fala, grita e esperneia

Quando tudo já está perdido, tampa-se

O ouvido tentando fugir da realidade.

A verdade não quer ouvir, faz-se de desentendido

Para o castigo não merecer, o fino da alma

É saber com as duas faces da vida conviver

E sempre feliz sem a emoção sobrepujar.

E assim se vai até o fim desta estrada.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 29/08/2009
Reeditado em 29/08/2009
Código do texto: T1780871
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