Amor cotidiano
Através das palavras tenta-se entender
O amor, saber sua matiz, seu fascínio,
Sua verdadeira face, sua constrição
O porquê de seu verdadeiro entusiasmo.
Com o gesto do olhar acaricia-se a vida,
Com as mãos estendida aplaude-se
Mistério da emoção; canta a canção
Inexistente no âmago do destino.
Faz-se de criança, nutre-se de esperança
Para feliz sobreviver, fala, grita e esperneia
Quando tudo já está perdido, tampa-se
O ouvido tentando fugir da realidade.
A verdade não quer ouvir, faz-se de desentendido
Para o castigo não merecer, o fino da alma
É saber com as duas faces da vida conviver
E sempre feliz sem a emoção sobrepujar.
E assim se vai até o fim desta estrada.