Renovação

Por que a nuvem se precipita

Será porque é esquecida?

Por que ela tão bonita

Desiste e se suicida?

Por vezes morre afogada

Quando o mar a engole inteira

E por outras congelada

Se atirando na geleira

É preciso compreender

As razões que a nuvem tem

Quando resolve chover

Nesses lugares também

É para enterrar no mar

O que ela tem de mágoa;

Pra montanha congelar

A sua tristeza em frágua

Ela não é suicida e nem é precipitada

Não morre quando é chovida

Apenas quando cansada

A nuvem cai transformada

Para ascender nova-vida.

Esta eu dedico a mim mesmo, Nuvem que sou...

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 28/08/2009
Reeditado em 28/08/2009
Código do texto: T1779369