CHEGA A NOITE

CHEGA A NOITE...

Chega a noite, chega a hora da ansiedade,

Quando a lembrança é mais sofrida,

Redobra em mim a dor e a vontade,

De te querer sempre em minha vida.

Sózinho, de esperança quase perdida,

Como perdida está a mocidade,

Contemplo a tua imagem, florida,

Negando-me a aceitar a realidade.

As lágrimas, teimosas, afloram,

E descem pelo rosto, lentamente,

Quais pérolas e um fio quebrado.

Não resisto á dor que me atormenta:

Meu corpo revolve-se e não assenta,

No leito onde devia estar descansado

Carlos sousa

Alberto Carvalheiras
Enviado por Alberto Carvalheiras em 27/08/2009
Reeditado em 07/11/2011
Código do texto: T1778083