Beijos...
Os sons dos beijos dos amantes
despertam os deuses da noite...
Todos os humanos se põem a disposição do amor.
E os abraços apertados por sob os lençóis
se mostram competentes faróis noturnos,
tudo se aclara nos sussurros dos corpos daqueles amantes...
E surge o paraíso sobre os leitos ricos e pobres
ou em nenhum, mas, no assento traseiro do carro...
E as palavras breves e irreais faladas, gemidas ou gritadas,
no momento do ato do amor, servirão de armas posteriormente.
E, na frente do juiz da Comarca, que de beca e caneta em punho,
marca a ferro e fogo (e a tinta fria), o corpo, a vida e até as rimas
mal feitas na noite de amor dos amantes, antes perfeita. Agora,
perdurará por uns 18 ou 21 anos, via de uma pensão alimentícia,
ou por toda a vida, ou enquanto houver mundo, um luar e amantes...
E, numa outra noite, mais uma vez, os sons dos beijos dos amantes
acordarão os deuses e todos se colocarão a disposição do amor.
De novo e igualmente. Ainda bem, assim caminha a humanidade, amém.