Solidão de poeta
Faz tempo que não escrevo
meus versos não rimam mais
não escuto o som do vento
nem o assobio de saudade
nas noites de tempestades.
Ventania se foi
o tempo parou
a vida desandou
e... eu
no mesmo lugar!
Sentada numa pedra
de costas para o mar
admiro o pôr-do-sol
no entardecer....
E como num filme
projeto a minha vida
no pensamento,
e as lembranças vem a tona,
o passado se mistura com o presente,
e a saudade doe por dentro
quando lembro de um amor
que o vento soprou pra outro horizonte.
Longe do seu aconchego
Lembro dos seus braços
Entrelaçados aos meus,
e num abraço apertado
sinto o gosto do seu beijo
um arrepio corre o meu corpo
e o sangue queima por dentro
fazendo o coração disparar
e choro baixinho
pra ninguém escutar.
E neste momento
viajo no pensamento
pra pertinho do seu lar.
Encantada com a estrela do dia
deixo a magia do sol poente me levar
por alguns segundos fico fora do ar
como na poesia
lá estou eu a sonhar
na tela do pintor
ou num cartão postal
eu e voce abraçados
diante do pôr-do-sol.