Análise

Quando surgiste vieste sorridente

Ao partir foste descontente,

Por que, amor, o que deu em ti

Assim tão de repente.

Embora este amor não fosse

Uma velha canção em teus ouvidos

Continua todos os dias latente

No fundo da alma cheia de ilusão.

A paixão que embala propala

Na imensidão deste ser tão ínfimo!

Tão carente e tão dependente de ti!

Pena que recíproca não há, não existe!

Persiste o desejo solitário amparado

Pela emoção do poeta, que não se aquieta

Diante dessa terrível solidão.

Porém, a esperança continua viva

Ativa qual um vulcão em erupção,

Que de chama em chama alimenta

Este amor que nasce no fundo da alma.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 25/08/2009
Reeditado em 25/08/2009
Código do texto: T1774290
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