Ao mote:QUANDO É PRECISO VOLTAR de AURISTELA


RETORNO AO PASSADO

Vieste ver, porque não querias crer que o passado
à tua vida voltasse , tão inesperado.
Lembranças, que na alma se te representavam.
Que de repente, se te faziam tão presentes.

O nosso encontro, foi de quase silêncio.
Muitas mudanças! Que o tempo não está parado!
E, as marcas vão ficando no corpo e na alma.
Não sei o que sentiste ao vêr-me!

Eu, em ti apenas vi, as mudanças dos anos.
As esperanças vividas,
os desencantos de uma paixão.
Se não soubesse que eras tu, não te reconhecia.
Mas a voz! Essa não mentia,
eram sinetas no meu sentido.

Desse tempo, que o passado bélico
nos permitiu viver,
pouco falamos, para quem tinha tanto que dizer.
Inibição, memória anestesiada,
de entre os silêncios em que nos olhávamos,  ligeiras perguntas e respostas lacónicas.

Voltávamos, tu e eu de um passado,
que parecia estranho
que era como de uma estrada perdida no tempo.
E de repente ressurgida, envolta em sombras,
E, desse sonho antigo, lembranças nos acutilavam.

Um estado sem ternura, em que mediamos
o que o tempo nos tinha deixado, desse rescaldo,  que tinha sidode louc ventura desesperança,
mágicos momentos, quanta lembrança ,
as nossas certezas as ambivalências

No nosso âmago sentimentos 
que estavamos a ser testados.
Depois, desse inevitável encontro,
abriram-se as chagas não saradas
Vi que todo o bem passado não era gosto,
mas magoas que deixaram
uma amarga  sensação de desafeição e incertezas, horizontes nebulados.

E esse grande amor , nas pregas do tempo detido, nas manhas do destino manipulado,
só por nos voltarmos a vêr,
abriu caminho a novo sofrimento.


De tta
09
08
19
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 24/08/2009
Reeditado em 29/08/2009
Código do texto: T1771681
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.