Ao mote:QUANDO É PRECISO VOLTAR de AURISTELA
RETORNO AO PASSADO
Vieste ver, porque não querias crer que o passado
à tua vida voltasse , tão inesperado.
Lembranças, que na alma se te representavam.
Que de repente, se te faziam tão presentes.
O nosso encontro, foi de quase silêncio.
Muitas mudanças! Que o tempo não está parado!
E, as marcas vão ficando no corpo e na alma.
Não sei o que sentiste ao vêr-me!
Eu, em ti apenas vi, as mudanças dos anos.
As esperanças vividas,
os desencantos de uma paixão.
Se não soubesse que eras tu, não te reconhecia.
Mas a voz! Essa não mentia,
eram sinetas no meu sentido.
Desse tempo, que o passado bélico
nos permitiu viver,
pouco falamos, para quem tinha tanto que dizer.
Inibição, memória anestesiada,
de entre os silêncios em que nos olhávamos, ligeiras perguntas e respostas lacónicas.
Voltávamos, tu e eu de um passado,
que parecia estranho
que era como de uma estrada perdida no tempo.
E de repente ressurgida, envolta em sombras,
E, desse sonho antigo, lembranças nos acutilavam.
Um estado sem ternura, em que mediamos
o que o tempo nos tinha deixado, desse rescaldo, que tinha sidode louc ventura desesperança,
mágicos momentos, quanta lembrança ,
as nossas certezas as ambivalências
No nosso âmago sentimentos
que estavamos a ser testados.
Depois, desse inevitável encontro,
abriram-se as chagas não saradas
Vi que todo o bem passado não era gosto,
mas magoas que deixaram
uma amarga sensação de desafeição e incertezas, horizontes nebulados.
E esse grande amor , nas pregas do tempo detido, nas manhas do destino manipulado,
só por nos voltarmos a vêr,
abriu caminho a novo sofrimento.
De tta
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