Suplício
Tu que és minha musa,
Que és minha fonte de inspiração
E ao mesmo tempo meu flagelo.
Tu que és meu santíssimo,
Que és meu anjo
E ao mesmo tempo meu demônio.
Tu que és meu riso,
Que és minha alegria
E ao mesmo tempo minha tristeza.
Por que não vem
E desmitifica este ser?
Este ser que toma forma,
Que não assume seu papel?
O que importa se ele é o resultado
De um momento desregrado?
O que importa é sermos nós mesmos.
Gozemos, então, este mundo que é nosso
E ainda que por instantes
Sejamos CARPE DIEM