ABSTINÊNCIA

A mão treme alucinada... Ela não encontra mais descanso

Já não consigo respirar calmamente

E meu batimento cardíaco não tem mais remanso

Isso é feito um vicio que não passa

Abstinência que extrapola... Sufoca... Desconsola

Deito a vida e meus sonhos num colchão

E ainda que meus olhos fechem já não encontro explicação

Fito vazio a vastidão que me rodeia

Ruas mal iluminadas... Fábricas mortas e abandonadas

Sarjetas que se acumulam, onde bêbados tropeçam... Entorpecidos e indigentes

Meus lábios secos denunciam o pecado da saudade

Eu já não tenho retornos a fazer

Nem contornos onde me esconder

Sou retrato do meu fim...

Você foi embora e levou tudo que roubou de mim!

luis lopes
Enviado por luis lopes em 24/08/2009
Código do texto: T1770935
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.