AMANTES DE SAIGON

Em suas mãos:

Plumas em neve,

Carícias de um sonho

A se realizar.

Afago dos pensamentos,

Confusão de sentimentos,

Falta de ar!

Em suas palavras:

Murmúrios ao vento,

Cantigas das ondas,

Melodias do mar.

Sussurros ao ouvido,

Portas abertas,

Frases incertas,

Emoções a falar.

Em nossos lábios,

Cúmplices dos devaneios,

As chamas dos desejos

Perdiam-se, em beijos,

Ignorando as lágrimas

Que ocultavam a verdade,

Inconsciente maldade,

Dos nossos corações.

Em nossos lares,

Almas, aos pares,

Aguardavam para o jantar

Os amantes de Saigon;

Que entre uma fala e outra,

Ocultavam na roupa,

O perfume barato,

O baton e o fato

Da medíocre traição!

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