Virginal amor...

Quando toda a suavidade da noite
cai em mim
é o momento em que tu apareces

como vestal
vestida de uma virgindade que não
se esconde,

porque no teu semblante a palavra é
de amor,
e quando dizes que me queres, sei que
me queres.
Hoje tua nau navega fundos horizontes de claridade,

e aporta em meu corpo , querendo-me como
porto,
para juntar-se nas amarras dessas
distâncias,
voz que agora ouço presa nos teus fartos
desejos.

Suspiros todos que agora saem todos
da clausura,
como se fossem novos alentos a mover
tua paixão,
que escondida no alvoroço das quimeras,
agora vê,

que toda a vida podia ser transformada em querer,
trocando no tempo, o adorar pelo forte apaixonar,
apesar de habitar em você as sombras
dos receios.

Hum...essa tua entrega à arte maior das
palavras,
agora calava em você todos os desejos inconfessos,
que sinuosamente seguiam as linhas de teu pensar.

E na batalha entre o pegar ou largar,
tudo se aclarou,
porque você mesma sabia que a paixão
em ti crescia,
tão depressa, como um cogumelo
dentro da floresta.

Sentia você... e na realidade eu até te
media no peito,
nesse querer mais agitado, onde a tua sensibilidade ,
poderia desmanchar qualquer encanto em incertezas.

Teu rosto brilhava num tom suave de rosa virginal,
e teus olhos refletiam como um farol de
além mar,
mostrando para mim que tudo estava bem tranquilo,

e que minha nau podia agora aportar
sem perigos.
E então como um bucaneiro eu chequei
para te dar
os meus presentes que vinham todos
atados de amor,

e ao mesmo tempo crivados de brilhantes
emoções,
que você, um tanto aturdida, foi
recebendo um a um,
numa quietude que me fazia lembrar
um suave lago.

E toda você me agradecia...agradecida...e palpitante.
Hum...você mulher suave esperando
apenas receber
todos os carinhos numa noite que te
fechava os olhos,

mas que o mistério das palavras logo te encantava.
Então chegou a hora de partir...de
soltar as amarras,
e sair navegando em direção ao sol
do teu amanhã,

que iria brilhar como um espelho
de tuas lembranças.
E então ela partiu...para os seus
belos sonhos virginais,
e meus olhos também se fecharam
como se estivessem

prontos para em seu colo dormir o
meu sono de amor.
Hum...vestal de todas as vestais !
Vestal de virginal olhar !
Ai meus ais...

Que bom foi te amar...
antes do sol raiar...


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Poesia que fiz em 20-08-09 às 03.00 h em SP.
Lua nova – encoberto e chuvas - 13 graus (com sensação
térmica de 6 graus medida na Estação Água Branca)
Beijos e abraços para você...Bom final de semana...

cseagull2@hotmail.com
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