Fora de Órbita

E numa noite veio

E devastou.

Se mostrou enorme,

Diante do pequeno homem.

Os dias passavam

E sua espera era ansiosa

Pelo anoitecer.

Era impossível viver.

Era impossível viver,

Esperando um milagre.

O amor escorria pelos lábios,

Como palavras.

Escorria das mãos

Como poemas.

E era impossível viver.

Era impossível viver.

Sabendo que seu amor

Era o maior do mundo

E sem ela,

Ele era copo sem fundo.

E não tinha como correr,

Não tinha como lutar.

O amor se mostrou um inferno,

Ele queria parar.

E correu

E chorou

E gritou

E se sentiu maldito.

E fugiu

E descobriu

E planejou.

E jogou.

Jogou seu sofrimento num rio.

Não aguentava mais carregar.

Ele era um pequeno homem

E trazia o maior amor do mundo.

Era um sentimento puro e simples

como a água do rio.

Mas seu amor era grande demais.

Era grande demais.

E o rio transbordou.

E alagou tudo na Terra.

E o homem que amava demais voou,

Até parar na Lua.

E então viveu feliz

Ao lado do seu amor.

A estrela mais linda que poderia existir

Uma estrela que, sozinha, iluminava todo o céu.

Walrus
Enviado por Walrus em 21/08/2009
Reeditado em 21/08/2009
Código do texto: T1766645
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