Dói-me o tempo
Dói-me o tempo estéril
Dos abraços que não demos
Dos beijos apenas prometidos
E do amor que seria eterno
Dói-me de nós
O fogo em que ardemos
Sem afecto
Náufragos sob o mesmo tecto
Na avidez da sede
Partilhada
Estátuas de carne
Mudas
Na expectação da febre