Amores e amores
Há amores que não amam,
dores que não doem,
olhos que não veem
e o que fica e o que vai.
Eu amo assim desse jeito,
diferente do teu medo
e igual ao que em mim há.
Há liberdades que nos prendem
e mãos vadias que nem sentem
o que sente o meu amor.
Por fim, acho de sorrir
e crer que, para eu existir,
tenho que amar demais
e velho, ser-me um rapaz
e inda que adulto ser um menino
para tudo amar que eu seja,
que eu veja, que eu diga...
Há amores que amam demais...