RESTOS DE AMOR

É a cúpula

Que cai

E trai,

Que segue meus passos.

É o resto

Do amor

E da dor,

Que segue meus passos.

É a paixão

Cuspida

E retraída,

Que dó dentro de mim.

É o terror

Da solidão,

Que persiste em mim.

É a tristeza

Que cai

E vai

Sufocando meus passos.

É a ditadura

Da amargura

De um canto sem laços.

É o ácido

Tão plácido,

Que meu corpo corrói.

É o resto de mim

Que termina assim,

Sem você

Nos meus braços!

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