Pode Vir
Ah! Não faça doce,
Como se não fosse
Esse, o exato momento
De deixar livre o nosso argumento,
Que implora pela nossa fusão,
Sob esse mais que encantado chão.
Não pense muito por demais...
Estamos perdendo essas noites de inverno...
Atenda logo a esse seu apelo interno,
Que só pede que você seja mais
Do que tem sido,
Do que tem percebido.
Quer que você troque de degrau,
E prove da paixão, em seu devido grau.
Nada posso lhe prometer.
Também não quero me intrometer.
Quero junto a você perceber,
O que o universo tem a nos dizer.
Tenha calma!
Agarre-se firmemente à minha palma.
Ela é segura.
Quer que você conheça a altura.
Aquela a que um homem pode chegar,
Quando está disposto a apostar.
No que há de maior,
No que existe de melhor,
Sem falsos pudores,
Provando dos tentadores tremores,
Provenientes de regiões desconhecidas,
Que até então estavam adormecidas,
Lacradas,
Contidas,
Na insana taça
Da opinião alheia.
Quero que você se liberte
E se interprete.
Quero que você se dispa
E me vista
Com seu traje de gala.
Venha para a minha ala,
Onde o desejo está a serviço da afeição,
Onde o órgão mais importante do corpo é o coração.
Quero seu rosto em meu peito,
Abrigado no leito,
Na paz do depois...
Juntinho!
Justinho!
Só nós dois
E aquela magia pelo ar
A se espalhar
Ouça sua alma e seja!
Ouça seu corpo e... Venha!