À DERIVA

Sentada, contemplando o infinito,
Me pego pensando em você...
Sua imagem, mesmo distante,
Faz-me reconhecer que preciso de você,
Preciso do seu amor,
Do seu carinho, das suas palavras
Perdidas em minha memória.
Apenas o céu e as estrelas
Vivem entre nós...
Apenas a poesia me toca depois da sua voz.
Perdida, solitária, vago
Na imensidão do meu mar.
Onde estava? Cadê a esperança?
Onde está a razão para amar?
Cadê a força do forte que cai sem mesmo lutar?
Onde está a paixão do amante?
A bússola do navegante,
Como um barco à deriva,
Solapado pelas ondas, a vagar como um náufrago

Que implora um pouco de ar,
Sem você estou perdida na imensidão desse mar.

Adriana Leal




Texto revisado por Marcia Mattoso